segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

A estranha rotina da periferia

No último sábado (1º/12), fui ao Terminal Grajaú (Zona Sul de São Paulo) buscar umas amigas para irmos ao aniversário do filho de uma outra amiga. Como estava de carro, precisava fazer aquele entra e sai de ruas buscando um retorno... Foi quando virei na rua, que tem um bar de esquina, e que sempre passo por ali, e dei de cara com um carro da Polícia, o que me fez achar que era blitz ou vistoria rotineira. Mas, ao desviar, notei que havia um homem caído no chão, praticamente no meio da rua.


Ele estava lá, menos de 200 metros do terminal de ônibus e trem, estendido na porta de um bar, o sangue ainda escorrendo e as pessoas... Bom, elas seguiam seu fluxo normalmente, caminhavam, algumas davam uma olhada e seguiam, outras passavam depressa.

Por um segundo me pareceu tudo muito mórbido. Porém, notei que na periferia trata-se da infeliz realidade de apenas mais um corpo estendido no chão.
Essa porra e um campo minado
Quantas vezes eu pensei em me jogar daqui,
Mas, aí, minha área é tudo o que eu tenho
A minha vida é aqui e eu não preciso sair
É muito fácil fugir mas eu não vou




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