terça-feira, 18 de dezembro de 2012

E lá se vai mais um ano...


Eu nem sei o que dizer deste ano. Foi difícil, bem difícil por sinal. Mas foi bem decisivo, para provar que somos, sempre, responsáveis por tudo que recebemos da vida – a velha história de plantar e colher.
Mais um ano de pura luta e suor. Algumas conquistas, outras – acredito – virão no decorrer da vida... Uma coisa de cada vez!
Acho que valeu até para saber o que quero para a vida e quem quero ao meu lado. Ainda não fiz a catalogação por completa, mas já dei uma boa selecionada.
Ajudei mais o próximo, mas esqueci um pouco de mim e percebi que fez falta. Acho que o egoísmo bom, se isso existe, faz bem. Preciso treiná-lo.
Aprendi também que a morte continua sendo uma velha traiçoeira. Quando menos espera ela leva um pedaço de você.
Não sei como serão os próximos anos, mas sei que sempre haverá um vazio em mim. O que eu tinha de mais seguro na minha vida, a minha Avó Materna, eu perdi. Com isso perdi referência de uma série de coisas que acreditava e tornou-se dúvida.
Mas a ideia é seguir, tentar não achar os motivos disso tudo, porque nunca entenderemos, mas continuar. Ela faria o mesmo. Até porque a luz dela nunca vai parar de brilhar!
E que 2013 venha sereno, porque estou achando o ser humano afobado demais.


segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

A estranha rotina da periferia

No último sábado (1º/12), fui ao Terminal Grajaú (Zona Sul de São Paulo) buscar umas amigas para irmos ao aniversário do filho de uma outra amiga. Como estava de carro, precisava fazer aquele entra e sai de ruas buscando um retorno... Foi quando virei na rua, que tem um bar de esquina, e que sempre passo por ali, e dei de cara com um carro da Polícia, o que me fez achar que era blitz ou vistoria rotineira. Mas, ao desviar, notei que havia um homem caído no chão, praticamente no meio da rua.


Ele estava lá, menos de 200 metros do terminal de ônibus e trem, estendido na porta de um bar, o sangue ainda escorrendo e as pessoas... Bom, elas seguiam seu fluxo normalmente, caminhavam, algumas davam uma olhada e seguiam, outras passavam depressa.

Por um segundo me pareceu tudo muito mórbido. Porém, notei que na periferia trata-se da infeliz realidade de apenas mais um corpo estendido no chão.
Essa porra e um campo minado
Quantas vezes eu pensei em me jogar daqui,
Mas, aí, minha área é tudo o que eu tenho
A minha vida é aqui e eu não preciso sair
É muito fácil fugir mas eu não vou